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Arqueólogos e pesquisadores da Universidade Federal do Pernambuco (UFPE) e Arqueolog Pesquisas estão, há uma semana, realizando escavações no Forte dos Reis Magos. Até o momento, os profissionais descobriram a existência de um terceiro piso e foram desenterradas peças holandesas de cerâmica, ossos de animais, espinhas de peixe, objetos de metal e uma bala de canhão. O levantamento arqueológico segue até meados de janeiro do próximo ano e é a primeira etapa do projeto de restauração do Forte. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Rio Grande do Norte (Iphan-RN) pretende investir R$ 8,5 milhões em adequações no local. Alex RégisEscavações no Forte podem mudar informações sobre local A contratação dos estudos arqueológicos custaram R$ 122 mil, com recursos do próprio Iphan-RN, e começaram no fim do mês passado com o mapeamento onde foi produzido uma planta baixa em Autocad (vetorial) do Forte. "Começamos as escavações na quinta-feira passada. Estamos trabalhando em dois ambientes nesse momento. Achamos bastante material e acredito que vamos encontrar mais objetos com as escavações”, disse Veleda Lucena, uma das coordenadoras das escavações e professora da UFPE. Entre as peças já encontradas pelos pesquisadores, estão cachimbos holandeses, ossos de animais, espinhas de peixe e alguns objetos de metal, com destaque para uma bala de canhão. Todo o material será avaliado e catalogado num laboratório móvel previsto para chegar em Natal na próxima semana. Para leigos no assunto, os achados das escavações podem não despertar importância, mas a arqueóloga Darlene Maciel explicou a relevância das descobertas. "São objetos que mostram os costumes da época. As peças são importantes para estudar quais os hábitos existentes na fortaleza. A pesquisa está sendo produtiva”, destacou. Todo o material, após análise no laboratório, será repassado para o Iphan-RN. Além dos objetos, os profissionais descobriram um terceiro piso no local. Outra revelação das escavações diz respeito à divisão dos cômodos do Forte. O que hoje é conhecido como "Aposento do Capitão Mor” – por se acreditar ser o cômodo mais amplo do local – na verdade era uma sala divida em três partes. "Descobrimos que havia paredes dividindo esse espaço em três ambientes. A nomenclatura de ‘Aposento do Capitão Mor’ pode estar equivocada”, alertou Veleda. Durante o trabalho dos arqueólogos, a visitação pública estará liberada, com direito a visitas guiadas pelos técnicos, que vão explicar as razões e objetivos das escavações. Em 1993 o Departamento de História da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) fez uma "pequena escavação” no Forte dos Reis Magos e o material coletado está exposto de forma permanente no local. As salas onde os trabalhos foram iniciados estão cercadas por uma faixa, mas os visitantes conseguem visualizar os trabalhos. "Queremos interferir o mínimo possível no cotidiano do Forte. Os visitantes terão acesso ao local normalmente”, acrescentou Veleda. | |
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