Integrantes do Movimento Passe Livre (MPL) agendaram para o meio-dia desta terça-feira (1 de outubro) uma nova manifestação. Desta vez, em frente à Câmara Municipal de Natal, para cobrar a aprovação de projeto que institui o passe livre em Natal. Proposta apresentada pela vereadora Amanda Gurgel (PSTU), com emendas dos vereadores Sandro Pimentel (PSTU) e Marcos do PSOL, aguarda todas as assinaturas para tramitar em regime de urgência na Casa.

Na tarde desta segunda-feira (30), ativistas do MPL interromperam por meia hora o trânsito na BR-101, na altura do shopping Via Direta. O protesto começou por volta das 17h e reuniu cerca de 200 pessoas, que bloquearam a rodovia no sentido zona sul - centro.

Durante a manifestação, a marginal da BR-101 ficou fechada por quase 30 minutos e a pista principal foi bloqueada em alguns momentos. Manifestantes queiram pneus e uma catraca feita de papelão. De lá, os manifestantes seguiram para a Praça Cívica do Campus da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) onde discutiram e aprovaram mais um protesto. Em seguida, parte dos manifestantes fez um roletaço, entrando nos ônibus sem pagar a passagem.

Na semana passada, em reunião, os líderes partidários da Câmara Municipal do Natal, entraram em consenso sobre a necessidade de alterar dois pontos do projeto de autoria da vereadora Amanda Gurgel: a definição de quem será beneficiado e a escolha das instituições que vão arcar com os custos da medida.

Na proposta inicial, a gratuidade beneficiaria  os estudantes e desempregados de Natal. Para custear as gratuidades, estavam indicados os donos das empresas de ônibus e a Prefeitura do Natal. Porém, houve flexibilização por parte dos parlamentares que defendem a proposta.

Na reunião, ficou definido que um projeto substitutivo ao proposto pela vereadora Amanda Gurgel será elaborado, após conversar com os movimentos populares. Uma das mudanças é a inclusão da União e do Estado como partes que podem subsidiar as gratuidades no sistema de transporte coletivo na cidade de Natal. O custo do subsídio somente para estudantes é de R$ 34 milhões.