Dois dos principais pontos turísticos de Natal tem registrado assaltos com frequência cada vez maior. No Morro do Careca, comerciantes e trabalhadores contam que os assaltos são quase que diários. A situação é semelhante na Praia do Forte, onde a ação dos assaltantes é mais comum no fim da tarde. Em ambos os casos, os relatos são de falta de policiamento no local.

Segundo Carlos Alexandre da Silva, que trabalha como recepcionista de um hotel localizado no final da Avenida Erivan França, é comum ouvir histórias de assaltos na região. "É quase que diário. Isso é ruim para nós porque espanta os turistas. Tentamos dar dicas de segurança de uma forma que não deixe nossos clientes com medo”, disse.

Ele conta que há cerca de seis meses, bandidos fizeram um arrastão em um bar localizado ao lado do morro. "Teve até tiros. Os assaltantes já foram direto no caixa porque já sabiam que o bar não passava cartão na época”, explicou. "Mas não é só aqui não. A orla é desassistida como um todo”, acrescentou.

As escadarias localizadas ao lado do Morro do Careca e que dão acesso à Vila de Ponta Negra são utilizadas como rota de fuga, segundo Carlos Alexandre. A informação foi confirmada por outro comerciante da área, Renato Gurgel, que tem uma loja de aluguel de pranchas de surfe. Ele disse que há relatos do uso de trilhas dentro da mata que são utilizadas pelos bandidos para fugir.

"Tem uma câmera aqui no final da rua que funciona. Sei disso porque vi esses dias um pessoal fazendo manutenção. Mas acho que ela não pega até o morro, até porque os assaltos no fim da rua não são tão comuns quanto os que ficam no pé do morro”, contou Renato Gurgel.

Para o vendedor de coco Sávio Lui Cardoso, falta policiamento na área. "Um ponto turístico como esse não devia ficar desassistido assim. A polícia vem uma vez na vida e outra na morte aqui nessa parte da praia”, avaliou.

Falta de iluminação

Segundo comerciantes e moradores da Praia do Forte, a ação dos assaltantes é mais frequente no local ao fim da tarde, no horário em que o movimento de turistas já não é mais tão intenso e o posto policial situado na área fecha.

Outro problema é a falta de iluminação. De acordo com o vendedor ambulante Gutenberg Alves da Silva, há cinco meses a área que dá acesso ao Forte está totalmente às escuras. Essa área fica deserta e com isso acaba tendo muito assalto e a Polícia não passa aqui depois que escurece”, disse.